Dica do papai: Não é não.
Descobrimos recentemente que temos em casa um atriz digna de ganhar um Oscar. Quando ela quer alguma coisa que não achamos apropriado, ela inicia uma atuação de sofrimento que comove a qualquer um.
Chora, grita, faz pose de sofrimento, soluça como se alguém tivesse morrido.
Comovido, você pensa: Só um pouquinho não faz mal! Então, entrega o objeto tão desejado. No mesmo momento um largo sorriso de vitória se abre e você fica se sentindo totalmente manipulado. Um sentimento que mistura orgulho e vergonha. Até eu, que sou mais durão, vivo caindo nessa atuação algumas vezes.
Esta é uma fase em que os bebês começam a testar seus limites: se eu chorar muito, será que consigo o que quero? Consegui! Então vou fazer isso sempre!
Com mais ou menos um ano, o bebê já entende muito o que acontece a sua volta, mesmo que ele ainda não consiga falar propriamente. Então porque não obedece a gente quando dizemos não? Porque ainda está muito entretido com nossas reações quando faz algo que sabe que não pode. Além do mais dizemos não pra tudo.
E isso faz o peso da palavra diminuir. Então, para valoriza-la melhor, escolha os momentos que são realmente perigosos e com as outras situações, apenas explique ao bebê porque não é muito bom ele fazer isso ou aquilo.
E outra dica é, se algo não for realmente perigoso, deixe o bebê explorar com você por perto, pois eles perdem o interesse muito rápido quando vêem que você permite.